Agrippa define “Magia”.

Foi Henricus Cornelius Agrippa (1486 – 1535) o autor que, nos últimos 500 anos, expôs de forma mais lógica e metódica o conhecimento mágico da tradição ocidental como um sistema filosófico, não simplesmente um amontoado de receitas e superstições, como ele deixa claro já no L. I, Cap. 2 de “De occulta philosophia libri tres”, ao definir “Magia”:

Magica facultas potestatis plurimae composita, altissimis plena mysteriis, profundissimam rerum secretissimarum contemplationem, naturam, potentiam, qualitatem, substantiam et uirtutem totiusque; naturae cognitionem complectitur et quomodo res inter se differunt et quomodo conueniunt nos instruit, hinc mirabiles effectus suos producens, uniendo uirtutes rerum per applicationem earum ad inuicem et ad sua passa congruentia inferiora, superiorum dotibus ac uirtutibus passim copulans atque maritans. Haec prestantissima summaque scientia, haec altior sanctiorque philosophia haec denique totius nobilissimae philosophiae absoluta summario.

“Magia é a capacidade de uma natureza miraculosa, cheia dos mais altos mistérios, contendo a mais profunda contemplação das coisas mais secretas, juntamente com a natureza, poder, qualidade, substância e virtudes da mesma, bem como o conhecimento da natureza inteira e de fato nos ensina a respeito da concordâncias e diferenças das coisas entre si mesmas, em razão das quais ela produz efeitos miraculosos ao unir as virtudes de coisas por meio da aplicação de umas às outras e aos objetos adequados que lhes são inferiores, juntando e unindo-os através das forças e virtudes dos corpos superiores. Essa é a mais perfeita e soberana ciência, a mais sagrada e sublime filosofia e, por fim, a mais absoluta perfeição da mais excelente filosofia”.

 


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