Decidindo:
A preocupação que escolhi foi pedir as bênçãos de Júpiter para terminar meus estudos na Escola Grey de Magia em tempo hábil. Quero receber meu Certificado de Profissional e depois passar para a próxima fase da minha vida mágica. Portanto, eu queria terminar rapidamente.
Escolhi Júpiter, o Benéfico Maior, pois este Ser Planetário rege a sabedoria. Queria estar repleto do otimismo de Júpiter. Finalmente, eu queria que as bênçãos de Júpiter fizessem um Bem Maior com meu novo conhecimento mágico.
O tempo é importante para ganhar o máximo de energia mágica possível. Escolhi o mês de maio do Ano Crescente, Lua Crescente, quinta-feira às 10h. Maio e quinta-feira são os horários tradicionais associados a Júpiter. Para ter energia máxima, escolhi o Ano Crescente e a Lua. 10h de quinta-feira foi sugerido para uma das correspondências para Júpiter.
F ou Materiais:
Outros materiais eram ametista e lápis-lazúli, pedras da realeza, associadas a Júpiter. Além disso, o carvalho e o cedro são as árvores tradicionais associadas a Júpiter. Eu poderia reuni-los fora de minha casa e, portanto, incutir neles minhas energias pessoais.
Eficácia:
As Correspondências Planetárias que usei no meu feitiço foram eficazes. Eu poderia facilmente montar itens como as folhas de carvalho e os cristais. Depois que eles ficaram cheios do poder de Júpiter, carrego os cristais comigo como talismãs. Eles me enchem de energia para continuar meus estudos. Por exemplo, estou terminando duas aulas e me inscrevi em outra.
Depois que o feitiço de Júpiter terminou, tive uma reação adversa. Como fiquei desmaiado por dois dias, mal consegui levar minha vida normal. Perguntei a vários mágicos que eu conhecia por que isso aconteceu. Eles explicaram que, como tenho sentidos psíquicos extremamente aguçados, fazer o feitiço era como tocar o sino de uma igreja dentro de um armário. As reverberações psíquicas de Júpiter pareciam um gongo alto tocando perto da minha cabeça. Por conta disso decidi não fazer mais feitiços que envolvam Correspondências Planetárias.
As correspondências planetárias estão fora da magia romana e os planetas não fazem parte da religião romana. Como politeísta romano, diferencio entre Júpiter, o Planeta, e Júpiter, o Deus. Embora Melita Denning e Osborn Phillips em “Planetary Magick” tenham correspondido várias Deidades com Planetas, eu não o faço. Os deuses romanos listados por esses autores são frequentemente considerados iguais aos gregos. Se eu me aproximar dos planetas por meio de magia, farei o mesmo que faria com os numina (espíritos divinos).
(*** RITUAL DA ALTA MAGIA – Eliphas Levy ***)
CAPITULO VII. O SETENÁRIO DOS TALISMÃS.;
As cerimônias, as vestimentas, os perfumes, os caracteres e as figuras, sendo, como dissemos,
necessários para empregar a imaginação na educação da vontade, o sucesso das obras mágicas
depende da fiel observação de todos os ritos. Estes ritos, como dissemos, nada têm de
fantástico ou arbitrário; eles nos foram transmitidos pela antigüidade e subsistem sempre
pelas leis essenciais da realização analógica e da relação que existe necessariamente entre as
idéias e as formas. Depois de ter passo vários anos a consultar e comparar todos os
engrimanços e todos os rituais mágicos mais autênticos, chegamos, não sem trabalho, a
reconstituir o cerimonial da magia universal e primitiva. Os únicos livros sérios que vimos
sobre esse assunto são manuscritos e traçados em caracteres de convenção, que deciframos
com o auxílio da poligrafia de Trithemo; outros estão inteiramente nos hieróglifos e símbolos
de que são ornados e disfarçam a verdade das suas imagens sob as ficções supersticiosas de
um texto mistificador. Tal é, por exemplo, o Enchiridion do Papa Leão III, que nunca foi
impresso com suas gravuras e que refizemos para nosso uso particular conforme um antigo
manuscrito.
Os rituais conhecidos sob o nome de Clavículas de Salomão existem em grande número.
Vários foram impressos, outros foram copiados com grande cuidado. Existe um belo
exemplar, muito elegantemente caligrafado, na Biblioteca Imperial; é ornado com pantáculos
e caracteres que, na maior parte, se acham nos calendários mágicos de Tycho- Brahe e de
Duchenteaux.
Existem, enfim, clavículas e engrimanços impressos que são mistificações e especulações
vergonhosas de baixa livraria. O livro tão conhecido e tão proibido pelos nossos pais, sob o
nome de Pequeno Alberto, pertence, por um lado inteiro da sua redação, a esta última
categoria e só tem de sério alguns cálculos tirados de Paracelso e algumas figuras de talismãs.
Quando se trata de realização e de ritual, Paracelso é, em magia, uma imponente autoridade.
Ninguém realizou maiores obras do que as suas, e, por isso mesmo, ele esconde o poder das
cerimônias, e ensina, somente na filosofia oculta, a existência do agente magnético da
onipotência da vontade; resume também, toda a ciência dos caracteres em dois signos, que são
as estrelas macro e microcósmicas. Era dizer bastante para os adeptos e importava não iniciar
o vulgo. Paracelso não ensinava, pois, o ritual, mas o praticava e sua prática era uma sucessão
de milagres.
Dissemos que importância tem, em magia, o ternário e o quaternário. Da sua reunião se
compõe o grande número religioso e cabalístico que representa a síntese universal e que
constitui o setenário sagrado.
O mundo, conforme a crença dos antigos, é governado por sete causas segundas, como as
chama Trithemo: secundae, e são as forças universais designadas por Moisés são o nome
plural de Elohim, os deuses. Estas forças, análogas e contrárias umas às outras, produzem o
equilíbrio pelos seus contrastes e regulam o movimento das esferas. Os hebreus as chamam os
sete grandes arcanjos e lhes dão os nomes de Mikael, Gabriel, Rafael, Anael, Samael, Zadkiel
e Oriphiel. Os gnósticos cristãos chamam os quatro últimos: Uriel, Baraquiel, Sealtiel e
Jehudiel. Os outros povos atribuíram a estes espíritos o governo dos sete planetas principais, e
lhes deram os nomes das suas grandes divindades. Todos acreditaram na sua influência
– 155 -relativa, e a astronomia lhes dividiu o céu e lhes atribuiu sucessivamente o governo dos sete dias da semana.
Tal é a razão das diversas cerimônias da semana mágica e do culto setenário dos planetas.
Já observamos, aqui, que os planetas são signos, e não outra coisa; eles têm a influência que a fé universal lhes atribui, porque são mais realmente astros do espírito humano do que estrelas do céu.
O sol, que a magia antiga sempre considerou como fixo, só podia ser um planeta para o vulgo; por isso, representa, na semana, o dia do descanso, que chamamos, não sei por que, Domingo, e que os antigos chamavam dia do sol.
Os sete planetas mágicos correspondem às sete cores do prisma e às sete notas da oitava musical; representam também as sete virtudes e, por oposição, os sete vícios, da moral cristã.
Os sete sacramentos referem-se, igualmente, a este grande setenário.
O batismo, que consagra o elemento da água, refere-se à Lua;
a penitência rigorosa está sob os auspícios de Samael, o anjo de Marte;
a confirmação, que dá o espírito de inteligência e comunica ao verdadeiro crente o Dom das línguas, está sob os auspícios de Rafael, o anjo de Mercúrio;
a eucaristia substitui a realização sacramental de Deus feito homem, ao império de Júpiter;
o casamento é consagrado pelo anjo Anael, o gênio purificador de Vênus; .
a extrema-unção é a salvaguarda dos doentes próximos a cair sob a foice de Saturno,
e a ordem, que consagra o sacerdócio de luz, está mais especialmente marcada por caracteres do sol.
Quase todas estas analogias foram notadas pelo sábio Dupuis, que concluiu, daí, a falsidade de todas as religiões, em vez de reconhecer a santidade e perpetuidade de um dogma único, sempre reproduzido no simbolismo das sucessivas formas religiosas. Não entendeu a revelação permanente transmitida ao gênio do homem pelas harmonias da natureza, e só viu uma série de erros nesta cadeia de imagens engenhosas e eternas verdades.
As obras mágicas são também em número de sete:
1ª) obras de luz e riqueza, sob os auspícios do Sol;
2ª) obras de adivinhação e mistérios, sob a invocação da Lua;
3ª) obras de habilidade, ciência e eloqüência, sob a proteção de Mercúrio;
4ª) obras de cólera e castigo, consagradas a Marte;
5ª) obras de amor, favorecidas por Vênus;
6ª) obras de ambição e política, sob os auspícios de Júpiter;
7ª) obras de maldição e morte, sob o patrimônio de Saturno.
No simbolismo teológico, o Sol representa o Verbo de Verdade; a Lua representa a própria religião; Mercúrio, a interpretação e a ciência dos mistérios; Marte, a justiça; Vênus, a misericórdia e o amor; Júpiter, o Salvador ressuscitado e glorioso; Saturno, Deus Pai, ou o Jeová de Moisés. No corpo humano, o Sol é análogo ao coração, o Lua ao cérebro, Júpiter, à mão direita, Saturno, a mão esquerda, Marte, ao pé esquerdo, Vênus, ao pé direito, Mercúrio, às partes sexuais, o que faz representar, às vezes, o gênio deste planeta sob uma figura andrógina. Na face humana, o Sol domina a fronte; Júpiter, no olho direito; Saturno no olho esquerdo; a Lua reina entre os dois olhos, à raiz do nariz, de que Marte e Vênus governam as duas asas; Mercúrio, enfim, exerce sua influência sobre a boca e o queixo.
Estas noções formavam, entre os antigos, a ciência oculta da fisionomia.
Obras utilizadas:
Denning, Melita e Osborne Phillips, “Planetary Magick”. Llewellyn: Woodbury (MN). 1989.
Dykes, Benjamin e Jayne Gibson, “Magia Astrológica”. Imprensa Cazimi: Minneapolis. 2012.
Zell-Ravenheart, Oberon, “Grimoire for the Apprentice Wizard”. Livros de novas páginas: Franklin Lakes (NJ). 2004.
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