A Economia do Egito Antigo
Existem diferentes teorias para explicar a economia do Egito Antigo. As teorias substantivistas argumentam que a economia era baseada na redistribuição de bens coletados, principalmente pelos templos, por meio de impostos e serviços. Teorias formalistas enfatizam o papel do mercado e dos mercadores, com o estado atuando como um empreendedor, buscando lucro e impulsionando a demanda.
As teorias marxistas, embora Marx e Engels não tenham estudado o Egito a fundo, sugerem que o Egito Antigo não era capitalista, pois não apresentava as características-chave do capitalismo, como a separação entre meios de produção e força de trabalho. O “Modo de Produção Asiático”, termo usado para descrever economias pré-capitalistas com forte controle estatal, é frequentemente aplicado ao Egito Antigo.
Comércio Exterior, Diplomacia e Guerra no Bronze Tardio
No período do Bronze Tardio, o Egito praticava o imperialismo antigo, que, diferentemente do imperialismo moderno, não era motivado pelo capital. O Egito expandiu seu território por meio de guerras e diplomacia, buscando controlar rotas comerciais e áreas ricas em matérias-primas, além de impor sua ideologia (Maat).
As Cartas de Amarna, correspondências diplomáticas encontradas em Amarna, revelam as relações do Egito com outros impérios da época, como os hititas. Essas relações se davam por meio de hard power (intervenções militares no Levante e na Núbia) e soft power (educação dos filhos de reis estrangeiros no Egito e casamentos diplomáticos).
Imperialismo Antigo: Diferenças Históricas
O imperialismo antigo difere do moderno em sua **motivação**, que não era a acumulação de capital. As relações de produção no Egito Antigo eram baseadas em sistemas como escravidão, feudalismo e economia palacial, diferentes do capitalismo. O colonialismo antigo consistia em um centro metropolitano governando territórios distantes, como o Egito controlando regiões como o Levante e a Núbia.
Descolonização do Egito Moderno
No século XX, o Egito, como outras nações africanas e asiáticas, passou por um processo de descolonização. **Gamal Abdul Nasser**, líder egípcio, teve um papel crucial nesse processo, liderando o movimento dos **Países Não Alinhados**. A descolonização também envolveu a **repatriação de artefatos arqueológicos**, com figuras como Zahi Hawass e Mustafa Waziri lutando para recuperar artefatos egípcios em museus estrangeiros e combater o tráfico internacional de antiguidades.
O que Foi a Idade do Bronze?
A Idade do Bronze, um período da história marcado pelo uso do bronze, foi classificada pelo arqueólogo **Christian Jürgensen Thomsen** em seu sistema tripartite das Idades da Pedra, do Bronze e do Ferro. A transição da Idade da Pedra para a do Bronze se deu pelo uso do cobre no período **Calcolítico**. O bronze, uma liga metálica mais resistente, se popularizou posteriormente.
Impérios do Bronze Tardio :
Durante a Idade do Bronze Tardio, vários impérios floresceram, incluindo:
Império Hitita: na Anatólia.
Império Babilônico: no sul da Mesopotâmia, dando continuidade à tradição da Antiga Babilônia.
Império Assírio: no norte da Mesopotâmia, com centro em Assur.
Império Elamita: no atual Irã, frequentemente em conflito com o Império Babilônico.
Império Mittani: dominado pelos hurritas, importante entre os séculos XV e XIV a.C., mas posteriormente dividido entre hititas e assírios.
O Colapso da Idade do Bronze :
O final da Idade do Bronze foi marcado por um colapso generalizado, atribuído a diversos fatores, incluindo crises climáticas, invasões e instabilidade interna. No Egito, o colapso se manifestou em crises no final da 20ª Dinastia, com **greves, fomes, corrupção, roubos e invasões**. Durante o reinado de Ramsés XI, o Egito se fragmentou, com Smendes governando o Alto Egito e Herihor, o Sumo Sacerdote de Amon, controlando o Baixo Egito.
O Antigo Egito ao Final da Idade do Bronze Tardia
Após o colapso, o Egito se reorganizou, com a ascensão de novos centros de poder em Tanis, no norte, e a indústria de pilhagem de tumbas no sul impulsionando a economia. O Egito continuou a existir, mas em uma nova configuração regional e com novos fatores de dinamismo.
É importante observar que, embora as teorias modernas de economia, geopolítica e relações internacionais possam ser aplicadas ao estudo do Egito Antigo, elas precisam ser adaptadas para levar em conta as diferenças entre o mundo antigo e o moderno. A visão eurocêntrica do passado, influenciada pelo colonialismo e imperialismo, também precisa ser considerada ao analisar a história egípcia.
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